Desconjunta
Parte profana
eu lácteo.
Parte amarga,
parte de mim.
Parte eu lápide,
eu ao invés, fugir não sou.
Qual das que passam por aqui
são eu sem partir?
Não passarinho
porque não passo,
no medo de cair pra trás
não seguro,
não parto
não dou cria
não pato
não arrombo
não afasto.
Eu a pedra encruzilhada
nas costas.
Eu enrugado dos dedos voados
presos na mão.
Eu revés do deserto cânfora,
feitio nostágilco e circular.
A dor na coluna descambada
pelo pano úmido
que limpou o carpê-rosê.
Desconjunta.
Qual dessas
que passam pela porta estreita
finalmente sou?
Eu a concha que quebra o sal.
Eu a planílha sem dados
marca-passo errado.
Aguarde do silêncio
quando afasta.
Não parto o cio,
navalho intrínseca,
a parte que aguarda
a clausura ausência.
Eu, me perco labirinta na testa,
na luz da porta aberta.
11/29/2005
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