9/30/2009
A ponte- para Alegre Corrêa
O medo do primeiro passo
a passo
a ponta da ponte
você, no começo do corpo
um pedra
um estorvo
era tudo para ser
um buquê
árvores frutíferas
ametistas cintilanto
um céu azul profundo
gotas vermelhas
da vitória
olhos cinzas do passado
o acaso
a ponte se rompe
as flores se extraviam
no leito do rio rachado
debaixo d água
uma porta trancada
lava
leva
lavra
um lótus brota do lodo
arranco
entre as corredeiras
e os restos
madeiras
o gelo
e o leito
9/28/2009
Pó
entre as migalhas
do que está partido
cortando todas as veias
de dentro
dsenozando corais e ametistas
afiando facas e armas
protegida
sigo a caminhada gritando
porque a dor é grande
sigo a estrada cantando
porque preciso sobre
voar
falcão e coruja
olhos atendos
dentes afiados
e asas escuras e pesadas
na montanha
na janela um novo nó
na alma um corte a mais
o coração alinhavado
pó
uma luzinha
cintilando no infinito
do que está partido
cortando todas as veias
de dentro
dsenozando corais e ametistas
afiando facas e armas
protegida
sigo a caminhada gritando
porque a dor é grande
sigo a estrada cantando
porque preciso sobre
voar
falcão e coruja
olhos atendos
dentes afiados
e asas escuras e pesadas
na montanha
na janela um novo nó
na alma um corte a mais
o coração alinhavado
pó
uma luzinha
cintilando no infinito
9/16/2009
Trapézio
Vou na rua
carregando uma cesta
muitas mãos desatadas
abraços vazios
e sorrisos avulsos
o vento vem e arde
as feridas das palavras
que me deixaram
a rua é longa
uma rachadura
rompe as paredes
do meu castelo
Rapunzel queimou
as tranças
diante desta avenida:
o secar dos meus pés
a areia movediça da escolha
o borrão da água
sobre a tinta preta
as formigas desenham
um caminho novo
dentro do abismo
a luz
me acena
a corda é bamba
e solta
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