2/18/2006

Joio

Não me responsabilize
por algumas afirmativas
que fiz ao vento,
e você rememorou.

Tinha me injuriado
com os galhos arranhados
que a vida me regou.

Eu hoje não queria ter dito.

Eu hoje apanharia roupas usadas
e objetos sem mais valor,
e levaria de presente
'a qualquer um
como pedido de desculpas
'a outros.

Também os atos,
alguns quebrados
as sobras de um gesto
que eu não fiz,
não pude fazer,
me eleve.


Desconte as faíscas
quando o âmago açucarado
te repeliu pela minha boca.

Não era nada daquilo.

Estou na epístola dos nomes negros.
Pelos trocadilhos
de fazer mal
de ão fazer bem, e de fazer bem
quando era pra não fazer nada.

Pelos olhos e atitudes não te dei,
mas dei o tapa.

Não escondo a mão.

Se é em vão pedir,
se deitar-se 'a beira do arrependimento
não resolve a vida,
não leve a sério
também o este poema
que carrega todas as tosses
enfermidades
que plantei no caminho.

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