E de repente
tudo a sua frente
vai sedimentando
em um enorme espaço negro
e o que se vê
são suas duas mãos
cheias de marcas
marcas de corpos
entre suor e sal
sementes que desejam brotar
duas lembranças
de suspiro e água
o círculo que movimenta
suas falanges e suas vitórias
o círculo que roda
o tempo
a água que invade
a lavagem dos seus sonhos
a paisagem que habita
entre os seus dedos
quando tocam no chão
perante o cais
perante o abismo
perante a camada de ozônio
o desejo de paz
entre suas duas mãos
o buraco negro
o reluzir
o reluzir
de uma estrela
que escolheu o seu íntimo
e as suas mãos
para habitar o mundo
7/19/2007
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Um comentário:
No cais dos caos,
"e asi seguimos andando curtidos de soledad",
axezim!
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