Coloquei voce numa caixinha preta. Você fica pulando, querendo abrir a tampa.Eu tapo os olhos de quem quer ver a caixinha, mostro sua foto, estampada na tampa. Mas não abro, porque de repente você fica grande e toma o espaço do meu corpo. Pulsa inteiro. Tranco você.As vezes você dorme e tudo parece música em mim.Você vibra, mesmo quando dorme, mostra que está vivo. As vezes faz ganidos, e eu sei que você fica assim porque tem muitos quereres amputados.As vezes você sai e quer mudar de vida,tenta pular entre a boca do meu estômago e dançar no meio do peito, e o seu riso é tão solto e com tanta vontade do mundo, que eu tenho vontade de te tranferir para outro lugar. Mas a sua ternura escondida e o calor que faz a caixinha em mim, não me deixa alargar a base, você só pode sair quando eu deixo. Mas as vezes você grita e apronta uma peça, eu acabo dando corda na caixinha e você fica rodopiando livre. A sua liberdade me seduz.Fico feliz alguns dias quando você desliza até a garganta e se mostra vivo em mim. A minha fala tem o desenho da sua voz .As vezes você apaga a luz.Um comando aí de dentro que só você sabe.Eu aceito, também gosto do escuro, fico tentando te achar pelo cheiro.Abro a caixinha, e penso que você saiu para passear, mas você volta atado em um cavalo galopando com força, arrancando as fitas e abrindo a caixa,virando a placa, que sempre teve o seu nome escrito em um registro.
7/31/2007
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