era uma janela cinza e branca
uma mão pousava em meu ombro
a luz entre a neblina e o fogo
nós bebíamos
na chícara do passado
que elixir possui
o líquido do passado?
Esta cidade em mim
se cobre de névoa
é branco branco branco
como o luto de um fantasma
sem música
Abre-se o lírio do frio
duas barras de metal
e o grito de uma criança sobrevivente
do meu naufrágio
quem salvará o barco?
Há uma mão em meu ventre
e o presente
dormindo e gemendo
no meu travesseiro
*foto-trabalho vermelho paixão
Karina Segantinni
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