Entre seus dedos delicados
minha pele proibida
no vestido
um feixe de luz
rompe as retinas
nos caminha inteiros
entrelaça nossos corpos
rebrilho
rebrilho
as duas estradas lácteas
curvam no amanhecer
o avô sol nos batizou
quem proibiu o encontro
entre a maçã
e eva?
as cadeias materiais
e os quadrados brancos
nos separam
mas o suor do meu corpo
quer encontrar
o teu
o suor do meu corpo
desenha os azulejos
passa por debaixo da porta
encontra tua floresta
a cortina de palhas
se abre
o teu rosto
encontra meu leite
rebrilho
rebrilho
do possível
ao impossível
a via
é o teu corpo
5/22/2009
5/21/2009
5/20/2009
Itajazz
O sonho era o banco de trás de um carro potente e popular.Uma carona no fim da noite de jazz.Artistas falavam e falavam,regados de uva e grãos líquidos de cevada. Os navios do porto desenhavam calmamente as águas azul-petróleo que balançavam no cais. Você me abraçou. Me beijou. Eu vestia um cabelo postiço, liso, e uma faixa branca segurava os fios para que não trapalhassem meus olhos, loucos para mirarem o seu. Depois disso, o vento de Navegantes arrastava suas tristezas. Romeu também não pôde amar Julieta. Depois disso a balsa nos separou para sempre. O seu violão dança nas esquinas da madrugada, marulho. Seu violão canta a paisagem: uma saudade. Abri os olhos e nos vi abraçados ao som do sax e de caronas alegres em madrugadas frias. Os menores e mais aconhegantes lugares moram maciamente na minha alma. Acordei e ouvi sua voz cantanto em uma janela na luz da cidade parada, você ontem: pra sempre.
5/11/2009
Para em um muro ser lido
Venha
o novo é agora
se há o novo
é o homem que chega
com seu jarro d´água
e
liberta os peixes do aquário
a imensidão da água cria novas ilhas
aos que precisam da terra
ver o mundo de mais longe
daqui de dentro de mim
a liberdade é voar
sem asas
Venha,
coloque os dois pés na jaca
banhe-se de argila e cor
vire a camisa
junte-se a essa constelação de talentos
pulsantes
as expressões de todos os rostos
pedem paz
nossos relógios estão parados
para a razão
os cintos
os manicômios
as prisões
e as notas de rodapé
tudo foi enterrado, quitado, pago
por uma nação
de flores e animais selvagens
construções
Venha,
tudo foi posto abaixo
os caminhos estão abertos
você pode falar e ouvir
ter tempo para observar
e agir
agora todos caminhamos de mãos dadas
com o diferente
e o extinto
a emoção é a lei de todo sonhador
você pode me chamar de imerso
subversivo e alienado
mas as maiores conquistas
vieram de grandes sonhos
e os grande sonhos venceram
sendo aparentemente impossíveis
a olho nú
remova suas vendas
e embarque
a arte
é sem passagem de volta
o novo é agora
se há o novo
é o homem que chega
com seu jarro d´água
e
liberta os peixes do aquário
a imensidão da água cria novas ilhas
aos que precisam da terra
ver o mundo de mais longe
daqui de dentro de mim
a liberdade é voar
sem asas
Venha,
coloque os dois pés na jaca
banhe-se de argila e cor
vire a camisa
junte-se a essa constelação de talentos
pulsantes
as expressões de todos os rostos
pedem paz
nossos relógios estão parados
para a razão
os cintos
os manicômios
as prisões
e as notas de rodapé
tudo foi enterrado, quitado, pago
por uma nação
de flores e animais selvagens
construções
Venha,
tudo foi posto abaixo
os caminhos estão abertos
você pode falar e ouvir
ter tempo para observar
e agir
agora todos caminhamos de mãos dadas
com o diferente
e o extinto
a emoção é a lei de todo sonhador
você pode me chamar de imerso
subversivo e alienado
mas as maiores conquistas
vieram de grandes sonhos
e os grande sonhos venceram
sendo aparentemente impossíveis
a olho nú
remova suas vendas
e embarque
a arte
é sem passagem de volta
5/08/2009
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