5/20/2009
Itajazz
O sonho era o banco de trás de um carro potente e popular.Uma carona no fim da noite de jazz.Artistas falavam e falavam,regados de uva e grãos líquidos de cevada. Os navios do porto desenhavam calmamente as águas azul-petróleo que balançavam no cais. Você me abraçou. Me beijou. Eu vestia um cabelo postiço, liso, e uma faixa branca segurava os fios para que não trapalhassem meus olhos, loucos para mirarem o seu. Depois disso, o vento de Navegantes arrastava suas tristezas. Romeu também não pôde amar Julieta. Depois disso a balsa nos separou para sempre. O seu violão dança nas esquinas da madrugada, marulho. Seu violão canta a paisagem: uma saudade. Abri os olhos e nos vi abraçados ao som do sax e de caronas alegres em madrugadas frias. Os menores e mais aconhegantes lugares moram maciamente na minha alma. Acordei e ouvi sua voz cantanto em uma janela na luz da cidade parada, você ontem: pra sempre.
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