7/02/2009
Geleira
As flores
iam ganhando
um lugar no seu semblante
o chapéu verde
compõe a sua beleza:
folhas e desenhos de raíz
horizontes entre os galhos
no caldeirão:
erva-doce, canela e gengibre
as tardes
sempre foram cheirosas
ao seu lado
toda cor
todo o breu
ontem os farelos
se espalharam
no lençol
a marca deste crime
é o arrepender-se
amargamente
manchas da minha dor
tomaram o seu olhar
sobraram palavras apagadas
luzes vencidas
e essa geleira
desmoronando
no espelho
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Um comentário:
Nossa Nega!
Parece que tiraste essa de uma conversa que não tivemos.
Amei!
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