11/03/2009
Dai-me a Grande Mãe
Eu
aqui no berço da estrela
segurando o céu com os seios
alimentando de leite
a terra
caminho vagarosamente
pela superfície da mata
ressurjo da lama
me deparo com as rugas
que desenham o espelho
um sorriso cheio de sábias dobras
e amores
cruzando a madrugada
só a floresta
me salva
na corda fixa
do infinito
me deleito
curo as feridas
com areia
e água
pedras do riacho
quebrado
dentro de mim
anos
e anos passando
nas duas vidas de cristo
me entreguei
é seu meu barco
minha espada
e meu coração
toma para ti
dai-me a salvação
eu te amo e entrego
minha lua ao universo
belo
calo
só a floresta me salva
no silêncio espero
a vida abrir
outra porta
e que dizime da memória
a dor
da que se fechou
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2 comentários:
Minha cara, isto é a minha cara!
Lindo!
Te amu!
Lindo poema.
Fiquei intrigada com uma coisa: qual é a segunda vida de Cristo? Uma terráquea e outra espiritual?
No mais, as imagens são ótimas. Segurar o céu com os seios, lindo.
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