De grão em grão
echi-me de respostas
argumentos itnerários
de um não-dizer propriamente.
Meu querer são.
Meu não-querer próprio
e único.
Esses braços cansados
de sim
essa mandíbula trêmula
sem rodeios e cortes ao falar
essa interrupção
do meu dedo levantado
meu dedo não quer responder.
Necessária seria
a falha vingada
se não calada.
Esse ensaio embaralhado
colecionado e aglutinado
no minuto certo
de referir-me.
Não foi o engasgue
nem esses olhos travados
nem a ressonância
pulsada e atravancada
do medo.
Travada na minha garganta
não foi a emoção.
Foi talvez a casca ilusória,
o cansaço das travessas-petróleo,
as falas repugnantes do mundo-sertão.
E foi a primeira não-provisória
que me impediu de dar um peteleco
nesse fogo dolorido
que meu pensamento gritou.
6/01/2006
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário