De tudo
tudo mesmo
o que ficou foi o amor
das mandíbulas mordidas
dos sonhos cortados
da sonolência da razão
disso tudo
o que ficou ainda
foi o amor
da perda do tempo
de partir
do latejar incessante
da lembrança riso
das facas quebras
das promessas fracassos
dos sonhos redemoinhos
das tentativas vãs
disso tudo
o que ficou
foi amor
Da aliança trancada
do feitiço sem feiticeiro
do ganho perdido em querer
do banho só
da repetição dos dias
do humor engavetado
no mau humor do café
em xícara de dois
solidão
da perda de tempo
em partir
da parte que se parte
do todo que que se resumiu
em
par te
ida
sem volta
do realinhamento
dos botões
das almofadas
com começos de nome
do casal
impregnadas no encontro
dos gostos
que vem do cheiro
da última lâmpada acesa
do fio da faca
da gana de querer
amarrar
o santo
da cama vazia
divida ao meio
do grito contido
no travesseiro testemunho
da desilusão
da branca espera dos atrasos
dos sapos digeridos
dos sapatos perdidos
e achados
em quatro pés
da respiração ofegante
do rulminar
em fúria
de querer segurar
dos dois olhos
que esperavam
a volta na janela
do sol que se abriu
da nuvem que se apagou
da saia amassada
na rede em rendas
de balanço
paradas no gancho
de toda a certeza vivida
na varanda do verão
de todos os desenhos
rabiscados
todos os calos
todas as vistas
na torre
sólida
de dois íntimos grudados
paralelamente
em direção
além
ainda assim insoluvelmente
insalubremente
triste e parado
ficou
de janelas embaçadas
cacos colados
e uma trégua
só ficou
se revirando na cova
o amor
tudo mesmo
o que ficou foi o amor
das mandíbulas mordidas
dos sonhos cortados
da sonolência da razão
disso tudo
o que ficou ainda
foi o amor
da perda do tempo
de partir
do latejar incessante
da lembrança riso
das facas quebras
das promessas fracassos
dos sonhos redemoinhos
das tentativas vãs
disso tudo
o que ficou
foi amor
Da aliança trancada
do feitiço sem feiticeiro
do ganho perdido em querer
do banho só
da repetição dos dias
do humor engavetado
no mau humor do café
em xícara de dois
solidão
da perda de tempo
em partir
da parte que se parte
do todo que que se resumiu
em
par te
ida
sem volta
do realinhamento
dos botões
das almofadas
com começos de nome
do casal
impregnadas no encontro
dos gostos
que vem do cheiro
da última lâmpada acesa
do fio da faca
da gana de querer
amarrar
o santo
da cama vazia
divida ao meio
do grito contido
no travesseiro testemunho
da desilusão
da branca espera dos atrasos
dos sapos digeridos
dos sapatos perdidos
e achados
em quatro pés
da respiração ofegante
do rulminar
em fúria
de querer segurar
dos dois olhos
que esperavam
a volta na janela
do sol que se abriu
da nuvem que se apagou
da saia amassada
na rede em rendas
de balanço
paradas no gancho
de toda a certeza vivida
na varanda do verão
de todos os desenhos
rabiscados
todos os calos
todas as vistas
na torre
sólida
de dois íntimos grudados
paralelamente
em direção
além
ainda assim insoluvelmente
insalubremente
triste e parado
ficou
de janelas embaçadas
cacos colados
e uma trégua
só ficou
se revirando na cova
o amor
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