1/20/2009
Consolo para um barco
Eu sou a prova exata
de choros e melancolias
as dores mais cruéis
escondidas
no mais escuro dos sorrisos
É como se eu pudesse
vestir minha capa vermelha
e derramar todas as angúrias
sobre essa areia gelada
e fina
há de ficar aqui, esta saudade.
Desaparece o rosto
da falsa rainha
costurada da boca
até o joelho
no peito uma amargura
e um novelo.
Hoje, meus risos
são entoados
de descaso e perscussão
um espantalho assustado
com suas próprias mãos
É com a mesma certeza
dos contrários ventos
que emudeço a lembrança
faço voltas na maré
alongo o silêncio do barco
E você,
o mar
é um presente embrulhado de ausência
um sapo na minha garganta
arranca
você
o barco de pedra
afundando
e a minha capa vermelha
entre as ondas flutuando
sozinha
no mar
como?
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2 comentários:
Deus... depois de Hilda, depois de Cecília e outras... inventou Gabech. E deu a ela o Barco das Palavras... para ela conduzir um tanto na humanidade para onde ela quiser.
É sempre inspirador...é sempre vermelho...
te ler
Com Amor
Baggio
Deus a perdoe ryana
por ser tão boa
brijus
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