1/28/2009

ísis sem véu



Se me cerquei
foi porque não consegui dizer
tudo o que
a garganta engolia

o silêncio da cidade me alimenta
o silêncio da mata me chama

o silêncio da saudade
me corrói

o pouco me seduz

o pequeno me dá a mão

o véu que se rompe
é a minha casa

o silêncio das formigas
em trilho

é o meu desejo
para outra vida,

mais um pisão.

Os bichos peçonhentos
e os selvagens
moram no infinito
da minha alma

nenhum animal
me segue

Uma cabana de folhas secas
invisível aos olhos humanos,
uma lua nua

é o meu sonho.

2 comentários:

Anônimo disse...

oi mocinha,

agora estou por aqui.

qualquer coisa, grite.

Estás no meu blog.

bj

Luciana Chaves disse...

Lindo começo, hehehe
Te amo!