7/11/2006

Meio alheio

Eu,
não tenho controle
do submeio
são coisas simples
uma janela quebrda
um botão de roupa
uma costura esfarelada
pelo ranço da minha pele
cansada de suar.

O tempo não me deixou
movo a força
movo a tensão
mas a força não me move
não me resplandece
não me sorri
a luz final do túnel

e vejo a força
taciturna do tempo
me perdendo
a morada do corpo
entre pilares cinzas
as ruas longas
da capital arredia
alheia ao silêncio
da minha muda camada
de paz

Nenhum comentário: