A vida não é uma competição
Ninguém aqui é trave
Goleiro nem perna de artilheiro
A vida é uma fissura
É uma inovação
Não é tão pouco guerra
Porque quase ninguém toca fogo
De verdade
Por muito tempo
Muito tempo
Mas a vida é quente
fremita
É uma resistência
De variadas
É uma resistência
-Era preciso desistir
Haviam dito.
Mostrar os dentes
Dobrar as canelas
A vida é um empurrão
Pasmem
Não há de que se abrir a porta
A muralha é grande demais para nós
Adentro
À fora
Há avalanches desejo
E calmaria por de cima
Da angústia arrematada
Todo mundo se amarra
Por dentre millhares
De dedos
Buscando o enlace
a vida é uma dobra
que advém da esquina,
ao rosto quando toca
a brisa já
inesperada
da curva?
Corram
Há de se correr de nada
E de além de si
Correr é a bravura
Para quem precisa rasgar
Cair
Descer
Vomitar
Correr é o remédio
Porém não há do que se fugir
Além das próprias pernas
A memória
A causa
E a insistência
Não são motivos para correr
Correr é pulso
A cadencia do caminho
Herda o amarrado redemoinho da ronda
Rondar é a vitória
Mas não há de se competir
Há abismos na procura
Há desencadeadas forças para a curva
Não há coronel na escrita
Nem há de se conseguir medalhas, premios
Ao poeta cabe olhar o muro alto
Cabe olhar a paisagem entre os musgos dos tijolos
Cavalo dado se mostra o dente
Porém,
Rir é o melhor
Há de se mostrar os dentes,
No riso e na febre
Os dentes falam
Mais que a boca
10/31/2006
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