Foi adiando que eu já
Pesquei
Que era sempre adiante
Que os seus olhos iam
Você sempre pareceu buscar
A pedra do fim do túnuel
Quando você passou
preso na correnteza
Eu tava grudada nos canos
e
há muitos
meus encanamentos
se esgotaram
Você sempre quis
bus car
parecia querer sempre
estar lá
bem alto
bem longe
bem
fo
ra
eu não passei
nem diante
das torneiras do teu castelo
Você se es qui vou
de mim
pulou todas as cercas
afoitou meu desconhecido
onde é que nós estávamos
com as nossas coisas
quando tudo isso
se armou
contra nós?
Na baixa de uma couraça
de palavras dirigida
à platéia
você que me esqueceu no palco
você nem abriu os braços
você me implantou a vontade
de ser um poste
antes mesmo de me chamar
de flor
eu queria era experimentar
ser o bruto, o altivo, o injusto, o delito
um
pos
t
e
pos
t
e
pos
t
e
na tentativa de dar a luz
sem me espalhar.
10/31/2006
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