10/31/2006

Poste

Foi adiando que eu já
Pesquei
Que era sempre adiante
Que os seus olhos iam

Você sempre pareceu buscar
A pedra do fim do túnuel


Quando você passou
preso na correnteza
Eu tava grudada nos canos

e

há muitos
meus encanamentos
se esgotaram

Você sempre quis
bus car


parecia querer sempre
estar lá
bem alto
bem longe
bem
fo
ra

eu não passei
nem diante
das torneiras do teu castelo

Você se es qui vou
de mim

pulou todas as cercas
afoitou meu desconhecido

onde é que nós estávamos
com as nossas coisas
quando tudo isso
se armou
contra nós?


Na baixa de uma couraça
de palavras dirigida
à platéia

você que me esqueceu no palco
você nem abriu os braços

você me implantou a vontade
de ser um poste
antes mesmo de me chamar
de flor


eu queria era experimentar

ser o bruto, o altivo, o injusto, o delito

um

pos
t
e


pos
t
e

pos
t
e

na tentativa de dar a luz

sem me espalhar.

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