12/12/2008
O sol da linguagem: Hilda Hilst
Hilda Hilst: Nome escrito entre os montes de areia fina, nome de jangadas e canoas do futuro poético. Imagine daqui a dez, vinte anos (quando o mundo a descobrir mesmo), uma frase de Hilda em placas, barcos, jangadas:
"A vida é crua. Faminta como um bico de corvos. E pode ser tão generosa e mítica: arroio,lágrima,olho-d’agua,bebida. A vida é líquida"
Fernando Karl a entrevistou , e essa passagem é linda, não tem como passar reto:
Fernando José Karl – Para terminar, rápido e rasteiro – qual o mistério dos mistérios para você?
Hilda Hilst – Eu penso que seja a paixão, a nostalgia da paixão, que é terrível, mas que, por outro lado, faz você revivescer. Para mim, me apaixonar com pudor era uma coisa maravilhosa. Mas, até mesmo nas minhas fantasias eróticas – e eu estava sempre só quando as tinha – eu ansiava por uma imagem e, vocês sabem, ansiar imagens é infernal. Você não sabe qual imagem vai olhar sua decomposição na velhice.
Eu desejo que quem me olhe seja meu cúmplice, cúmplice de minha sina.
mais em: http://nautikkon.blogspot.com
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Um comentário:
menina ,,, poderia passar dias lendos os seus escritos... belos.... poetico, celestiais...
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