Eu sempre sei
que quando chegar
você vai me alcançar.
Puxar meus sete braços
minhas 12 mãos
meus vinte olhos.
Sempre sei que você
vai frear o meu abuso,
vai me rememorar
o que só com cinquenta anos
não se pode desesperar.
Que a mente é um caminho duplo
e que á no ventre de uma mãe
que estão os alicerces
da sábia criação.
Eu sei que as roupas limpas
a voz trêmula
o suspiro
e essa doçura
rida do mundo,
vão te balançar para
respirar um pouco
do seu lugar:
o céu.
3/30/2006
3/28/2006
Revelações
Para alguns
posso tirar a fina camada
que esconde o meu rosto.
Para alguns,
posso engradecer o meu riso,
a fim de apenas tentar.
Para alguns desses que me passam,
posso falar uma palavra alta
um palavra desistida de existir.
Posso falar a palavra morta.
Enquanto tudo aquilo que não
penso vida rasteja um chamado
de uma palavra esquecida.
Posso abolir meu corpo
gestual, ao falar.
Posso usar as palavras erradas
jogadas por momentos
em sentimentos vãos e efêmeros
que me habitam.
Direciono-me, em alguns
que me trilham ao me encontrar
que marcam meu caminho
com pedaços de pão,
milho,
e pequenos toques
de cumprimentos.
Para alguns posso dramatizar
meu drama, radicalizar
meu conceito,
criticar gullar.
Para esses que enebriam
a vontade de me ser,
que me querem acentuar
o alto,
àqueles que me perdoam
as palavras esquecidas
e as demais ditas
repetidas
posso chorar.
E ao chorar posso dizer
após,
ao me desmanchar
que não era preciso ser.
Na obviedade das lamentações
limitadas,
de toda uma tragetória
para esses,
posso me crucificar
posso tentar
na testemunha
do meu choro
na prisão-tranfiguração,
unir-me a mim.
Para alguns
posso tirar a fina camada
que esconde o meu rosto.
Para alguns,
posso engradecer o meu riso,
a fim de apenas tentar.
Para alguns desses que me passam,
posso falar uma palavra alta
um palavra desistida de existir.
Posso falar a palavra morta.
Enquanto tudo aquilo que não
penso vida rasteja um chamado
de uma palavra esquecida.
Posso abolir meu corpo
gestual, ao falar.
Posso usar as palavras erradas
jogadas por momentos
em sentimentos vãos e efêmeros
que me habitam.
Direciono-me, em alguns
que me trilham ao me encontrar
que marcam meu caminho
com pedaços de pão,
milho,
e pequenos toques
de cumprimentos.
Para alguns posso dramatizar
meu drama, radicalizar
meu conceito,
criticar gullar.
Para esses que enebriam
a vontade de me ser,
que me querem acentuar
o alto,
àqueles que me perdoam
as palavras esquecidas
e as demais ditas
repetidas
posso chorar.
E ao chorar posso dizer
após,
ao me desmanchar
que não era preciso ser.
Na obviedade das lamentações
limitadas,
de toda uma tragetória
para esses,
posso me crucificar
posso tentar
na testemunha
do meu choro
na prisão-tranfiguração,
unir-me a mim.
3/24/2006
Presságios
Derrubaste as minhas agulhas,
alfinetes,
quinquilharias
sonoramente
no chão.
Ando escassa
tênue mancha
sentada à quina de uma
cadeira.
Ouço o ventar .
Não me pergunte
onde colocarei os restos,
onde ensaiarei os começos,
os meios.
O que farei com os vestígios,
onde,
onde vou pôr
o sentimento de perda
que me rememora
cada respiração
parada.
Parei de tentar.
Presságios anunciam outra
janela.
Desta,
não te abanarei.
Também não sei
o que farei com as mãos
após te acenar o adeus.
Não sei onde colocar
as assinaturas
os presentes
e os ausentes
contados minuciosamente
em casa parte deste corpo
um registro.
Partirei quando partires.
Partirei, partirei, partirei
com afagadas esperas
de me voltar.
alfinetes,
quinquilharias
sonoramente
no chão.
Ando escassa
tênue mancha
sentada à quina de uma
cadeira.
Ouço o ventar .
Não me pergunte
onde colocarei os restos,
onde ensaiarei os começos,
os meios.
O que farei com os vestígios,
onde,
onde vou pôr
o sentimento de perda
que me rememora
cada respiração
parada.
Parei de tentar.
Presságios anunciam outra
janela.
Desta,
não te abanarei.
Também não sei
o que farei com as mãos
após te acenar o adeus.
Não sei onde colocar
as assinaturas
os presentes
e os ausentes
contados minuciosamente
em casa parte deste corpo
um registro.
Partirei quando partires.
Partirei, partirei, partirei
com afagadas esperas
de me voltar.
Passa eira
Roda incessante
gira sem parar.
A roda passageira
do tempo me levou,
não há mais nada de mim
antes.
Eu me pareço
padeço de outro.
O anunciador timbre
de um portão aberto
me esconde
não espero a passagem das visitas.
Uma cidade sem prédios
se fecha circular,
sombra interminável
de um caminho
desprovido
céu desaberto.
Carrego e passo.
Antes que me marquem
a porta fechada da saída.
Poltronas não descansam
cabeças que não pesam
o travesseiro.
Entro e passo.
O amargor
de uma porta escancarada
não compensa
a estranheza
do caminho definhado,
pontiagudo final.
Roda incessante
gira sem parar.
A roda passageira
do tempo me levou,
não há mais nada de mim
antes.
Eu me pareço
padeço de outro.
O anunciador timbre
de um portão aberto
me esconde
não espero a passagem das visitas.
Uma cidade sem prédios
se fecha circular,
sombra interminável
de um caminho
desprovido
céu desaberto.
Carrego e passo.
Antes que me marquem
a porta fechada da saída.
Poltronas não descansam
cabeças que não pesam
o travesseiro.
Entro e passo.
O amargor
de uma porta escancarada
não compensa
a estranheza
do caminho definhado,
pontiagudo final.
Criar a casca grossa
quando a mandíbula
estiver trêmula.
Criar um ápice
pico-deusa
monte aberto
escalada,
quando a memória
reafirmar a cautela.
Amanhecer
na hora em que o meio
dos tendões abrirem a janela
sem trinca.
Silênciar
entre o instante
do grito
e esfera frágil
quebradiça
da dor interissa.
Abafar
quando o vento gelado
de um sussurro pelas costas
puxar a membrana do interno.
Desmanchar-se
quando a ponta do dedo
apontar o umbigo mentido.
Esticar-se
quando as mãos,
a voz,
e a palavra
te esmurrugarem
contra a parede.
Fingir
quando até aqui
transbordar,
passar do limite.
Arrancar
mesmo que por tentivas
vãs,
abrir, fechar,
suicidar,
mesmo que invisível
permaneça.
Ferir, correr,
quando não há mais
nada a desfazer-se.
quando a mandíbula
estiver trêmula.
Criar um ápice
pico-deusa
monte aberto
escalada,
quando a memória
reafirmar a cautela.
Amanhecer
na hora em que o meio
dos tendões abrirem a janela
sem trinca.
Silênciar
entre o instante
do grito
e esfera frágil
quebradiça
da dor interissa.
Abafar
quando o vento gelado
de um sussurro pelas costas
puxar a membrana do interno.
Desmanchar-se
quando a ponta do dedo
apontar o umbigo mentido.
Esticar-se
quando as mãos,
a voz,
e a palavra
te esmurrugarem
contra a parede.
Fingir
quando até aqui
transbordar,
passar do limite.
Arrancar
mesmo que por tentivas
vãs,
abrir, fechar,
suicidar,
mesmo que invisível
permaneça.
Ferir, correr,
quando não há mais
nada a desfazer-se.
Criar a casca grossa
quando a mandíbula
estiver trêmula.
Criar um ápice
pico-deusa
monte aberto
escalada,
quando a memória
reafirmar a cautela.
Amanhecer
na hora em que o meio
dos tendões abrirem a janela
sem trinca.
Silênciar
entre o instante
do grito
e esfera frágil
quebradiça
da dor interissa.
Abafar
quando o vento gelado
de um sussurro pelas costas
puxar a membrana do interno.
Desmanchar-se
quando a ponta do dedo
apontar o umbigo mentido.
Esticar-se
quando as mãos,
a voz,
e a palavra
te esmurrugarem
contra a parede.
Fingir
quando até aqui
transbordar,
passar do limite.
Arrancar
mesmo que por tentivas
vãs,
abrir, fechar,
suicidar,
mesmo que invisível
permaneça.
Ferir, correr,
quando não há mais
nada a desfazer-se.
quando a mandíbula
estiver trêmula.
Criar um ápice
pico-deusa
monte aberto
escalada,
quando a memória
reafirmar a cautela.
Amanhecer
na hora em que o meio
dos tendões abrirem a janela
sem trinca.
Silênciar
entre o instante
do grito
e esfera frágil
quebradiça
da dor interissa.
Abafar
quando o vento gelado
de um sussurro pelas costas
puxar a membrana do interno.
Desmanchar-se
quando a ponta do dedo
apontar o umbigo mentido.
Esticar-se
quando as mãos,
a voz,
e a palavra
te esmurrugarem
contra a parede.
Fingir
quando até aqui
transbordar,
passar do limite.
Arrancar
mesmo que por tentivas
vãs,
abrir, fechar,
suicidar,
mesmo que invisível
permaneça.
Ferir, correr,
quando não há mais
nada a desfazer-se.
Resolve logo
Quer todo o meu tempo
quer meu olho
e meu passo
meu círculo vicioso
quer ser meu cigarro?
quer um trago?
eu não fumo não
eu corro desse bando.
Puxa meu braço
mas não com força,
entorna escoa
pode brigar berrar
e só puxar meu braço
que eu só não tenho tempo
pra viciar,
nem pra fumar,
explica grita!
Pode ir falando
que eu só não tenho tempo
pra viciar
e pra emburrar.
Quer todo o meu tempo
quer meu olho
e meu passo
meu círculo vicioso
quer ser meu cigarro?
quer um trago?
eu não fumo não
eu corro desse bando.
Puxa meu braço
mas não com força,
entorna escoa
pode brigar berrar
e só puxar meu braço
que eu só não tenho tempo
pra viciar,
nem pra fumar,
explica grita!
Pode ir falando
que eu só não tenho tempo
pra viciar
e pra emburrar.
Desvio
Desviaram o teu último passo.
Caso você queira voltar
é proibido.
A lei te deixou
sem nada,
a lei não é fala.
O dedo apontado
no teu nariz,
a água escorrida
no meio das tuas pernas
o nervosismo
a brasa
a cinza
e finalmente
o suspiro,
não te deram
uma segunda chance.
O sol da primavera
é escaldante e ainda sim,
na ardênciada tua pele
a água não te refrescou.
Tua concha de mão
não regou,
você procura
um sim
você procura
dar a última volta
do sonho imediato.
A lei te proibiu
de pensar
a lei não te deixou usar
o fio-dental
a lei da vida,
não te trouxe
a aspirina,
as gotas de essência
não funcionam
sem a pele.
De nada adiantou
o esforço.
Você teve artista,
que rezar
para pegar
o desvio estreito
`a ter que pintar
a carade ouro,
para que te sorrisem
uma nota no jornal.
Desviaram o teu último passo.
Caso você queira voltar
é proibido.
A lei te deixou
sem nada,
a lei não é fala.
O dedo apontado
no teu nariz,
a água escorrida
no meio das tuas pernas
o nervosismo
a brasa
a cinza
e finalmente
o suspiro,
não te deram
uma segunda chance.
O sol da primavera
é escaldante e ainda sim,
na ardênciada tua pele
a água não te refrescou.
Tua concha de mão
não regou,
você procura
um sim
você procura
dar a última volta
do sonho imediato.
A lei te proibiu
de pensar
a lei não te deixou usar
o fio-dental
a lei da vida,
não te trouxe
a aspirina,
as gotas de essência
não funcionam
sem a pele.
De nada adiantou
o esforço.
Você teve artista,
que rezar
para pegar
o desvio estreito
`a ter que pintar
a carade ouro,
para que te sorrisem
uma nota no jornal.
Varrida
Todas as escolhas
todas,
estão enfileiradas
de fronte à minha testa.
Toda a parte de mim
se embrenha nas milézimas
moléstias, amores e dores,
felicidades...
Me desejam.
Todas as coisas que cabem
nessa gaveta
transbordam
expectativas,
potes ,
baldes,
passados rostos,
passadas entradas,
pálidas palmeiras
desenhadas
no papel gasto
de um dia vivido.
Todos, todos os ideais
estão encaixotados
dentro de uma vasilha de planos.
Planos morridos,
planos quase-atingidos
metas que me rememoram
metas
metas metas,
onde vou chegar?
Nos cantos das idéias
medos de caça,
medos amendrotados
de medos,
possibilidades,
propagações
crescimentos,
escapatórias,
estradas,
panfletos para um dia,
eventos à espreita.
onde vou chegar?
Cargas, descargas,
agora
tudo pode ser eu.
E toda, toda a minha vida
se passa
na vassoura varrida do começo do dia,
onde vou chegar?
Todas as escolhas
todas,
estão enfileiradas
de fronte à minha testa.
Toda a parte de mim
se embrenha nas milézimas
moléstias, amores e dores,
felicidades...
Me desejam.
Todas as coisas que cabem
nessa gaveta
transbordam
expectativas,
potes ,
baldes,
passados rostos,
passadas entradas,
pálidas palmeiras
desenhadas
no papel gasto
de um dia vivido.
Todos, todos os ideais
estão encaixotados
dentro de uma vasilha de planos.
Planos morridos,
planos quase-atingidos
metas que me rememoram
metas
metas metas,
onde vou chegar?
Nos cantos das idéias
medos de caça,
medos amendrotados
de medos,
possibilidades,
propagações
crescimentos,
escapatórias,
estradas,
panfletos para um dia,
eventos à espreita.
onde vou chegar?
Cargas, descargas,
agora
tudo pode ser eu.
E toda, toda a minha vida
se passa
na vassoura varrida do começo do dia,
onde vou chegar?
3/16/2006
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