Criar a casca grossa
quando a mandíbula
estiver trêmula.
Criar um ápice
pico-deusa
monte aberto
escalada,
quando a memória
reafirmar a cautela.
Amanhecer
na hora em que o meio
dos tendões abrirem a janela
sem trinca.
Silênciar
entre o instante
do grito
e esfera frágil
quebradiça
da dor interissa.
Abafar
quando o vento gelado
de um sussurro pelas costas
puxar a membrana do interno.
Desmanchar-se
quando a ponta do dedo
apontar o umbigo mentido.
Esticar-se
quando as mãos,
a voz,
e a palavra
te esmurrugarem
contra a parede.
Fingir
quando até aqui
transbordar,
passar do limite.
Arrancar
mesmo que por tentivas
vãs,
abrir, fechar,
suicidar,
mesmo que invisível
permaneça.
Ferir, correr,
quando não há mais
nada a desfazer-se.
3/24/2006
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