Passa eira
Roda incessante
gira sem parar.
A roda passageira
do tempo me levou,
não há mais nada de mim
antes.
Eu me pareço
padeço de outro.
O anunciador timbre
de um portão aberto
me esconde
não espero a passagem das visitas.
Uma cidade sem prédios
se fecha circular,
sombra interminável
de um caminho
desprovido
céu desaberto.
Carrego e passo.
Antes que me marquem
a porta fechada da saída.
Poltronas não descansam
cabeças que não pesam
o travesseiro.
Entro e passo.
O amargor
de uma porta escancarada
não compensa
a estranheza
do caminho definhado,
pontiagudo final.
3/24/2006
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