Desvio
Desviaram o teu último passo.
Caso você queira voltar
é proibido.
A lei te deixou
sem nada,
a lei não é fala.
O dedo apontado
no teu nariz,
a água escorrida
no meio das tuas pernas
o nervosismo
a brasa
a cinza
e finalmente
o suspiro,
não te deram
uma segunda chance.
O sol da primavera
é escaldante e ainda sim,
na ardênciada tua pele
a água não te refrescou.
Tua concha de mão
não regou,
você procura
um sim
você procura
dar a última volta
do sonho imediato.
A lei te proibiu
de pensar
a lei não te deixou usar
o fio-dental
a lei da vida,
não te trouxe
a aspirina,
as gotas de essência
não funcionam
sem a pele.
De nada adiantou
o esforço.
Você teve artista,
que rezar
para pegar
o desvio estreito
`a ter que pintar
a carade ouro,
para que te sorrisem
uma nota no jornal.
3/24/2006
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