12/12/2009
Indiara-meu poema virou música!
Quarteto Rio Vermelho
Música/Arranjos: Leandro Fortes
Poema: Ryana Gabech
Baixo:Rafael Calegari
Sopro: Cristian Faig
Bateria: Mauro Borghezan
11/24/2009
Receita Cristã para esquecer alguém em 33 passos.
Para Martha Medeiros
1-Lacrar fotos e objetos-lembrança numa caixa vedada de luz e frescor.
2- Usar óculos escuros ao luar para esconder o inchaço dos olhos e acostumar com a sombra e a escuridão.
3-Ligar para amigos que você nunca pôde convidar para um café, devido ao fluxo de responsabilidades demasiadas durante o casamento e ou namoro.
4- Fingir que é forte.E que nunca mais pretende dedicar seu amor a alguém.
5-Entrar para um coletivo de artistas loucos e afetivos (sim, artistas afetivos adoram a companhia de alguém que está sensível e fazem festa e churrasco aos domingos , segundas e feriados). Amigos artistas também fazem de uma caixa d água velha, a piscina do verão. Se você quiser pode ser a musa teen.
6- Ter uma pessoa confiável para visitar nas madrugadas frias de insônia e solidão.
7-Chorar sempre, principalmente para arrancar abraços fervorosos de desconhecidos.
8- Sair caminhando sem rumo e lembrar que caminhar sozinho é como viver sozinho:você escolhe para onde e porque vai parar e sentir.
9- Aproveitar a liberdade da casa para acender todas as luzes na madrugada de insônia.
10-Não atender o telefone da pessoa ex de maneira alguma.
11-Esquecer jantares a dois, cama quente a noite, conversas silenciosas e gruídos em baixo da mesa de visitas.
12-Chorar escondido.
13-Agradecer a todos que conseguem distraí-lo por alguns instantes e abstrair os pensamentos horríveis, a imensa sensação de rachadura latente na alma.
14-Jogar na privada os óleos eróticos e os essenciais de massagem.
15-Não comprar vinho do Vale dos Vinhedos nem da Argentina.
16- Esconder as revistas em quadrinhos e os desenhos animados ridos a dois.
17-Tampar as panelas, sempre depois de almoçar.
18-Escrever sem destinatário as piores coisas que você sente, guardar em uma gaveta mórbida.
19-Esquecer os escapamentos os acampamentos e os enquadramentos da paisagem vista a quatro olhos.
20- Não voltar a lugares especiais vividos a dois.
21- Tentar viajar para um lugar onde você seja um completo desconhecido.
22- Controlar a compulsão
23- Evitar os destilados, para que, por outro lado o sentimento não se derrame e manche a vida e suas novas portas reluzentes.Não dar vexame, nem chorar sobre mesas de bares. Mesas são para dançar.
24- Ter um amigo que se possa beijar na boca.
25-Esbranquiçar o rosto e a cor da pele um dia amada da memória.
26- Enterrar as flores mortas.
27-Galopar sobre as cinzas
28-Escrever para desaguar a dor, principalmente se as pessoas não o agüentarem mais falar.
29-Deletar as fotos.
30- Desligar as músicas que ficaram no HD.
31-Ensaiar o Adeus no espelho
32-Nunca mais olhar para trás.
33-Não chorar quando chegar ao fim deste texto.
1-Lacrar fotos e objetos-lembrança numa caixa vedada de luz e frescor.
2- Usar óculos escuros ao luar para esconder o inchaço dos olhos e acostumar com a sombra e a escuridão.
3-Ligar para amigos que você nunca pôde convidar para um café, devido ao fluxo de responsabilidades demasiadas durante o casamento e ou namoro.
4- Fingir que é forte.E que nunca mais pretende dedicar seu amor a alguém.
5-Entrar para um coletivo de artistas loucos e afetivos (sim, artistas afetivos adoram a companhia de alguém que está sensível e fazem festa e churrasco aos domingos , segundas e feriados). Amigos artistas também fazem de uma caixa d água velha, a piscina do verão. Se você quiser pode ser a musa teen.
6- Ter uma pessoa confiável para visitar nas madrugadas frias de insônia e solidão.
7-Chorar sempre, principalmente para arrancar abraços fervorosos de desconhecidos.
8- Sair caminhando sem rumo e lembrar que caminhar sozinho é como viver sozinho:você escolhe para onde e porque vai parar e sentir.
9- Aproveitar a liberdade da casa para acender todas as luzes na madrugada de insônia.
10-Não atender o telefone da pessoa ex de maneira alguma.
11-Esquecer jantares a dois, cama quente a noite, conversas silenciosas e gruídos em baixo da mesa de visitas.
12-Chorar escondido.
13-Agradecer a todos que conseguem distraí-lo por alguns instantes e abstrair os pensamentos horríveis, a imensa sensação de rachadura latente na alma.
14-Jogar na privada os óleos eróticos e os essenciais de massagem.
15-Não comprar vinho do Vale dos Vinhedos nem da Argentina.
16- Esconder as revistas em quadrinhos e os desenhos animados ridos a dois.
17-Tampar as panelas, sempre depois de almoçar.
18-Escrever sem destinatário as piores coisas que você sente, guardar em uma gaveta mórbida.
19-Esquecer os escapamentos os acampamentos e os enquadramentos da paisagem vista a quatro olhos.
20- Não voltar a lugares especiais vividos a dois.
21- Tentar viajar para um lugar onde você seja um completo desconhecido.
22- Controlar a compulsão
23- Evitar os destilados, para que, por outro lado o sentimento não se derrame e manche a vida e suas novas portas reluzentes.Não dar vexame, nem chorar sobre mesas de bares. Mesas são para dançar.
24- Ter um amigo que se possa beijar na boca.
25-Esbranquiçar o rosto e a cor da pele um dia amada da memória.
26- Enterrar as flores mortas.
27-Galopar sobre as cinzas
28-Escrever para desaguar a dor, principalmente se as pessoas não o agüentarem mais falar.
29-Deletar as fotos.
30- Desligar as músicas que ficaram no HD.
31-Ensaiar o Adeus no espelho
32-Nunca mais olhar para trás.
33-Não chorar quando chegar ao fim deste texto.
4 Poetas HOJE!
Nesta terça feira, 24 de novembro, 20 horas, faremos mais encontro de poetas.
Acontecerá no impório mineiro - shopping da lagoa.
Estarão presentes para declamar poesias:
Eu, César Félix, Ryana Gabech, Aline Maciel e Yarssan Dambrós
Não paga nada
e serão todos bem vindos.
Acontecerá no impório mineiro - shopping da lagoa.
Estarão presentes para declamar poesias:
Eu, César Félix, Ryana Gabech, Aline Maciel e Yarssan Dambrós
Não paga nada
e serão todos bem vindos.
11/18/2009
Dias poéticos na 55a Feira do Livro de Porto Alegre!
11/15/2009
de Viviane Mosé
Prosa Patética
Nunca fui de ter inveja, mas de uns tempos pra cá tenho tido.
As mãos dadas dos amantes tem me tirado o sono.
Ontem, desejei com toda força ser a moça do supermercado.
Aquela que fala do namorado com tanta ternura.
Mesmo das brigas ando tendo inveja.
Meu vizinho gritando com a mulher, na casa cheia de crianças,
sempre querendo, querendo.
Me disseram que solidão é sina e é pra sempre.
Confesso que gosto do espaço que é ser sozinho.
Essa extensão, largura, páramo, planura, planície, região.
No entanto, a soma das horas acorda sempre a lembrança
do hálito quente do outro. A voz, o viço.
Hoje andei como louca, quis gritar com a solidão,
expulsar de mim essa Nossa senhora ciumenta.
Madona sedenta de versos. Mas tive medo.
Medo de que ao sair levasse a imensidão onde me deito.
Ausência de espelhos que dissolve a falta, a fraqueza, a preguiça.
E me faz vento, pedra, desembocadura, abotoadura e silêncio.
Tive medo de perder o estado de verso e vácuo,
onde tudo é grave e único. E me mantive quieta e muda.
E mais do que nunca tive inveja.
Invejei quem tem vida reta, quem não é poeta
nem pensa essas coisas. Quem simplesmente ama e é amado.
E lê jornal domingo. Come pudim de leite e doce de abóbora.
A mulher que engravida porque gosta de criança.
Pra mim tudo encerra a gravidade prolixa das palavras: madrugada, mãe, ônibus, olhos, desabrocham em camadas de sentido,
e ressoam como gongos ou sinos de igreja em meus ouvidos.
Escorro entre palavras, como quem navega um barco sem remo.
Um fluxo de líquidos. Um côncavo silêncio.
Clarice diz, que sua função é cuidar do mundo.
E eu, que não sou Clarice nem nada, fui mal forjada,
não tenho bons modos nem berço.
Que escrevo num tempo onde tudo já foi falado, cantado, escrito.
O que o silêncio pode me dizer que já não tenha sido dito?
Eu, cuja única função é lavar palavra suja,
nesse fim de século sem certeza?
Eu quero que a solidão me esqueça.
Nunca fui de ter inveja, mas de uns tempos pra cá tenho tido.
As mãos dadas dos amantes tem me tirado o sono.
Ontem, desejei com toda força ser a moça do supermercado.
Aquela que fala do namorado com tanta ternura.
Mesmo das brigas ando tendo inveja.
Meu vizinho gritando com a mulher, na casa cheia de crianças,
sempre querendo, querendo.
Me disseram que solidão é sina e é pra sempre.
Confesso que gosto do espaço que é ser sozinho.
Essa extensão, largura, páramo, planura, planície, região.
No entanto, a soma das horas acorda sempre a lembrança
do hálito quente do outro. A voz, o viço.
Hoje andei como louca, quis gritar com a solidão,
expulsar de mim essa Nossa senhora ciumenta.
Madona sedenta de versos. Mas tive medo.
Medo de que ao sair levasse a imensidão onde me deito.
Ausência de espelhos que dissolve a falta, a fraqueza, a preguiça.
E me faz vento, pedra, desembocadura, abotoadura e silêncio.
Tive medo de perder o estado de verso e vácuo,
onde tudo é grave e único. E me mantive quieta e muda.
E mais do que nunca tive inveja.
Invejei quem tem vida reta, quem não é poeta
nem pensa essas coisas. Quem simplesmente ama e é amado.
E lê jornal domingo. Come pudim de leite e doce de abóbora.
A mulher que engravida porque gosta de criança.
Pra mim tudo encerra a gravidade prolixa das palavras: madrugada, mãe, ônibus, olhos, desabrocham em camadas de sentido,
e ressoam como gongos ou sinos de igreja em meus ouvidos.
Escorro entre palavras, como quem navega um barco sem remo.
Um fluxo de líquidos. Um côncavo silêncio.
Clarice diz, que sua função é cuidar do mundo.
E eu, que não sou Clarice nem nada, fui mal forjada,
não tenho bons modos nem berço.
Que escrevo num tempo onde tudo já foi falado, cantado, escrito.
O que o silêncio pode me dizer que já não tenha sido dito?
Eu, cuja única função é lavar palavra suja,
nesse fim de século sem certeza?
Eu quero que a solidão me esqueça.
11/13/2009
11/04/2009
Poema sobre Muro
Fazia muito tempo que o Coletivo LAAVA (coletivo de artistas do qual participo ativamente desde jan/2009) combinava a plataforma de desejos do grupo. Minha vontade era de fazer um poema em um muro alto, grande, expansivo. Como a idéia da plataforma de desejos é um ajudar o outro a concretizar o seu sonho, muita gente me ajudou, filmou, rimos a toa, brigamos, discutimos, suamos, mas o resultado ficou ótimo.Como todo o sonho, nem sempre é viável fazer as coisas exatamente do jeito que a gente sonhou.Eu consegui escrever um poema em uma parede de quase 4 metros,mas o sonho era de escrever um em uma parede de 10 metros... Foi cansativo, foi exaustante, mas muito, muito gratificante.Muito obrigada em especial à Paula Maba, Vicente Corrêa, Rafael Palilo, Kássio e Francis.
Percebi lá no alto, pintando letrinha por letrinha, que a palavra desenhada ao ar livre e no alto de um muro, pode transformar quem escreve, por que escreve, da onde vem as letras??Da onde vem os sonhos??
O que escrever num muro?
Algo muito verdadeiro para você, eis o processo:
Percebi lá no alto, pintando letrinha por letrinha, que a palavra desenhada ao ar livre e no alto de um muro, pode transformar quem escreve, por que escreve, da onde vem as letras??Da onde vem os sonhos??
O que escrever num muro?
Algo muito verdadeiro para você, eis o processo:
11/03/2009
Dai-me a Grande Mãe
Eu
aqui no berço da estrela
segurando o céu com os seios
alimentando de leite
a terra
caminho vagarosamente
pela superfície da mata
ressurjo da lama
me deparo com as rugas
que desenham o espelho
um sorriso cheio de sábias dobras
e amores
cruzando a madrugada
só a floresta
me salva
na corda fixa
do infinito
me deleito
curo as feridas
com areia
e água
pedras do riacho
quebrado
dentro de mim
anos
e anos passando
nas duas vidas de cristo
me entreguei
é seu meu barco
minha espada
e meu coração
toma para ti
dai-me a salvação
eu te amo e entrego
minha lua ao universo
belo
calo
só a floresta me salva
no silêncio espero
a vida abrir
outra porta
e que dizime da memória
a dor
da que se fechou
Terra
A terra é feminina
e por isso escorre
água de todos os cantos
por isso as flores
estão para os cabelos
e o mel jorra num vestido
de renda longo
por isso a maçã
é doce e vermelha
e as raposas se escondem
atrás do olhar
as aranhas tecem sutilmente
a teia da vida
e as senhoras costuram
os rasgos
na roda do destino
a terra mestrua
todos os dias
balança para se embalar
as águas
o gás
e os ventos
a terra gira
porque quer
dançar.
10/16/2009
...
O pior veneno: o desprezo. Um tapa sem volta. Um coração em frangalhos que nunca mais será o mesmo.A cachoeira transbordando, um abismo escuro e frio. Um copo de cólera quando a cerveja caos desce ao final pela garganta. Lábios seus no de outro alguém, um fogo rasante, certeiro. Uma dor que só pára vendo a dor de quem a causou.Uma doença. Um tapete amarrotado na porta da casa. Uma bola que estourou, um sangue transparente de um corte fundo. Um corte sem costura.Uma ferida aberta. Um caos e uma luzinha no fim do rasgo.A morte.
9/30/2009
A ponte- para Alegre Corrêa
O medo do primeiro passo
a passo
a ponta da ponte
você, no começo do corpo
um pedra
um estorvo
era tudo para ser
um buquê
árvores frutíferas
ametistas cintilanto
um céu azul profundo
gotas vermelhas
da vitória
olhos cinzas do passado
o acaso
a ponte se rompe
as flores se extraviam
no leito do rio rachado
debaixo d água
uma porta trancada
lava
leva
lavra
um lótus brota do lodo
arranco
entre as corredeiras
e os restos
madeiras
o gelo
e o leito
9/28/2009
Pó
entre as migalhas
do que está partido
cortando todas as veias
de dentro
dsenozando corais e ametistas
afiando facas e armas
protegida
sigo a caminhada gritando
porque a dor é grande
sigo a estrada cantando
porque preciso sobre
voar
falcão e coruja
olhos atendos
dentes afiados
e asas escuras e pesadas
na montanha
na janela um novo nó
na alma um corte a mais
o coração alinhavado
pó
uma luzinha
cintilando no infinito
do que está partido
cortando todas as veias
de dentro
dsenozando corais e ametistas
afiando facas e armas
protegida
sigo a caminhada gritando
porque a dor é grande
sigo a estrada cantando
porque preciso sobre
voar
falcão e coruja
olhos atendos
dentes afiados
e asas escuras e pesadas
na montanha
na janela um novo nó
na alma um corte a mais
o coração alinhavado
pó
uma luzinha
cintilando no infinito
9/16/2009
Trapézio
Vou na rua
carregando uma cesta
muitas mãos desatadas
abraços vazios
e sorrisos avulsos
o vento vem e arde
as feridas das palavras
que me deixaram
a rua é longa
uma rachadura
rompe as paredes
do meu castelo
Rapunzel queimou
as tranças
diante desta avenida:
o secar dos meus pés
a areia movediça da escolha
o borrão da água
sobre a tinta preta
as formigas desenham
um caminho novo
dentro do abismo
a luz
me acena
a corda é bamba
e solta
8/31/2009
Afogamento no mar
8/21/2009
Miosótis
E diziam para ela:
-Venha aqui!
Estenda a esteira
no jardim
exponha as borboletas
no quintal
grite alto
e grite fundo!
Todos mereciam
ouvi-la
admirá-la
Mas ela era solitária
e silênciosa
nuvem delicada
que desenha o céu
um miosótis no canto
do quintal
pérola pequena
e cintilante
inesquecível
na timidez
miúda e doce
de sua voz.
*Para Graciela Kruscinski
8/18/2009
Carta para o Descaso
Rostos empalhados
na prateleira
coleção de lascas
em formol
peças e trapos
em conserva
Esta cerâmica
da sua pele
me arranhou
é pó o fim
apenas um sorriso
sobrevive
ao maremoto
do "não"
Um dia você sonhou
ao me ver
no espelho do seu olhar
braços de dragão
calor por todas as frestas
orifícios em vulcão no corpo
franjas de ondas
em frenesi
luzes na montanha
tudo se dissolveu?
A flor que você trazia
na mão
se dissipou
no vento da minha
chegada
e o silêncio
me corta
me cega
me dói
Um dia você voltou as pegadas
para me pegar no colo
desviar o seu caminho
caindo no meu
um dia você me quis pra sempre
e nunca mais
*Performance com lebre morta de Joseph Beuys
8/17/2009
8/13/2009
8/11/2009
Vídeoperformce
O limite da borracha.O limite da água. Quem vence a imensa alegria entre nossos corpos?Quem vence o estouro de um copo com gim?vinho? Ventre. Peito Atravessando os tambores.Acordes tocando os pelos do corpo.O gozo.O vermelho derramado.
8/06/2009
Fim*
Nossa história:um entardecer lilás e vermelho.Salvo as tempestades, tudo começa com paisagem.No fim, sujos do lodo de um pântano, choro como se a flor morresse e no jardim de maio uma máquina gritasse desfacelando toda grama, todo grão. Pondo fim as matas fulgorosas da memória. Um imenso deserto nos separa.Serrote, barbante e pedras empilhadas na porta. O preço de um sentimento, o peso de um perder.Roupas amarrotadas no gancho da rede. Terra espalhada pela sala de estar.Vasos quebrados.Amarração.
Entre duas rodas um sonho é sempre um sol.
Abre as janelas para esta dor passar.Passar você.Suas pequenas mãos sujas de graxa me oferecendo um lírio amarelo.Seu olhar curumim.Seu corpo proibido pelos sentidos, corrompido pela moral de uma raposa.Nós dois:um amor e um nó.Uma faca.Muito cega para cortar, muito pontuda para não matar.No fundo do buraco: a vida. E a tortura obscura do fim.
E tudo isso
escrito no espelho, com batom.
*Dedico este texto ao meu amado amigo Enzo.
8/05/2009
Lilás
7/28/2009
De Zininho para Tom
Na minha casa
os muros se abrem
para dar lugar
as cores
as lagoas e os mares
abraçam todos que chegarem
abre a porta
para o vento
sem tempo passar
as flores povoam
os portões
e
os encontros
se atam no arco-íris
dos amigos
a Ilha sempre me chama
e no meu barco
sem cais
sempre cabe mais um verso
mas é incompleto
sem você
os pássaros de tom
se unem
cantam
graças vivas
alegrias
minha morada é a Ilha
onde os caminhos se abrem
e o mar dos meus olhos
contigo
é mais brilhoso
e feliz
7/24/2009
Sareuá
-retire o cobertor da minha alma
a voz
essa alquimia
lisa e escorregadia
essa boca me canta
É uma pedra velada
está no íntimo
de todas as criaturas
risco o mar
com uma pérola
neste desenho a mancha
é uma luz
que invade os rabiscos
entre as folhagens
o sol
sempre me abraça
na alquimia da tua voz
toda a natureza
me beija
7/14/2009
Não, eu não lamento nada
Composição: Michel Vaucaire/Charles Dumont
Não! Nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal - isso tudo me é igual!
Não, nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado!
Com minhas lembranças
Acendi o fogo
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles!
Varridos os amores
E todos os seus temores
Varridos para sempre
Recomeço do zero.
Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...!
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, isso tudo me é bem igual!
Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...
Pois, minha vida, pois, minhas alegrias
Hoje, começam com você!
Começa com você
7/09/2009
Apresentação na Escola Autonomia
Foi muito gratificante participar da Feira Literária da Escola Autonomia. Entre muitos pequenos espetáculos que aconteciam simultaneamente por toda a escola, eu e Vicente Heusi Corrêa, botamos pra quebrar, na sonorização de poemas meus e de outros novos e velhos autores brasileiros.
Entre o público estavam pais, professores e alunos, e quem quisesse chegar.
Obrigada sempre.
Fotos Fernando Angeoletto.
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